quarta-feira, 4 de abril de 2012

Hoje afoguei-me em pensamentos enquanto a água transbordava pelas linhas do meu corpo e me congelava a mente. Sabes... É assim que tu me deixas a maioria das vezes: congelada. Congelada, estática, imóvel e, o pior de tudo, fria.
Não sei por que deixo que me leves o coração; é meu, eu não deveria deixar que me abandonasse o corpo, não deveria deixar o vazio entrar. Embora ultimamente, nem o vazio consegue um lugar em mim. É a ausência que me preenche.


Quando os meus ousados pensamentos me levam até ao passado longínquo, há algo que se desliga instantâneamente e ainda não consegui descobrir o que é exactamente. Sinto que não sei quem fui... Sinto que me perdi a meio do caminho e não tive outra opção, senão reiniciar o processo de construção mental e pessoal.
É estranho pensar que vivi duas vidas diferentes e, senti-lo, é ainda mais desconcertante. Por que enquanto penso, a matéria não é palpável e faz apenas parte da minha imaginação, mas quando o sinto... Torna-se real e passa a ser uma certeza que possuo no meio do oceano de dúvidas em que vou construindo o chão por onde caminho. E quando essa certeza deveria ser a única dúvida existente em mim, que verdades tenho para poder aceitar o presente?




I'm alright, it's just tonight
I can't play the part
I'm alright, it's alright
It's just one broken heart.

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